terça-feira, abril 12, 2005

A primeira quebra de tensão

Pois, as quebras de tensão parecem que também fazem parte de sintomas sentidos pelas mães. Num Sábado de manhã, como tantos outros, a mãe G. foi fazer as compras que costuma fazer normalmente, mini-mercado, peixaria, talho, enfim as compras dos produtos frescos para o fim-de-semana e para a semana. Depois das etapas mini-mercado e peixaria, peixaria só primeira fase, pois há que rentabilizar o tempo, e enquanto arranjam o peixe ir ao talho. Onde tudo começa... O talho estava cheio, a mãe G. aguarda a sua e quando ela chega, vão também chegando os sintomas da quebra de tensão, e à medida que ia fazendo o pedido os sintomas iam sendo mais e com mais intensidade. Os ruídos, as sombras, os suores, a fraqueza, o não conseguir ouvir a própria voz, todos ao mesmo tempo. Os pensamentos da mãe G. foram chegar ao café mais próximo para comer qualquer coisa, pensava que seria falta de açúcar no sangue. A mãe G. não chegou a fazer o resto do pedido, pois os sintomas eram cada vez mais e as energias para chegar ao café poderiam não chegar. O pagamento foi um momento difícil, com cartão, o código lá saiu, não sei bem como. Próxima etapa, chegar ao café com o saco com 2 kgs de carne que pareciam 20. O percurso não foi fácil, muitos obstáculos que se tornaram em apoios, carros e pins de ferro, o caminho foi feito aos zig-zags e quase sem conseguir distinguir nada. No café, avisei imediatamente que estava com quebra de tensão para me dar um pacote de açúcar e depois uma meia de leite (acho que foi isso, já não me lembro bem, só sei que pedi com descafeinado e a empregada serviu com café, mas pensei não deveria fazer mal..), mas a empregada ficou mais atrapalhada do que eu e por isso se enganou. Depois de descansar um pouco no café, fui terminar a etapa da peixaria. Depois por casa da tia E., a doutora de serviço, que elucidou a mãe G. que não era falta de açúcar no sangue, mas sim ter estado muito tempo em pé. A mãe G. percebeu a mensagem e agora sempre que tem que esperar por alguma coisa, é sentada, a não ser que não exista onde se sentar e uns pacotes de açúcar passaram a fazer parte do recheio da mala feminina, bem como um lanchinho se a saída for demorada e não houver onde comer qualquer coisa.

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